A II Feira Literária de Canudos (Flican) terá uma programação especial para a criançada. Nas manhãs da sexta (dia 9) e do sábado (dia 10), a Flicanzinha vai oferecer atrações voltadas especialmente para o público infantojuvenil. As atividades envolvem contação de histórias, apresentação de cordel e de poesia e lançamento de livros. Nesta edição, devido à pandemia, a feira acontece de modo virtual, de quinta-feira (dia 8) a Sábado (dia 10), e o público poderá acompanhar toda programação nos canais do Youtube do Campus Avançado da Uneb em Canudos (www.youtube.com/channel/UCqhzm86LpAdRG0jqMBJ0nEQ) e da TV (https://www.youtube.com/user/lequinhocriativo).
Na sexta, às 9h10, acontece o lançamento de livro Ser diferente é legal – Histórias sobre respeito e tolerância, pela autora Léa Costa Santana Dias. Em seguida, o público poderá acompanhar a apresentação do Cordel Cantado da pernambucana Mari Bigio, que vai apresentar uma homenagem aos heróis e heroínas do Nordeste, exaltando a história e a memória de alguns ícones da nossa região, numa linguagem acessível para os pequenos. O destaque é para o herói sertanejo Antônio Conselheiro, comandante de Canudos. No repertório estão os cordéis “Lampião Lá do Sertão”, “A Lenda da Calunga” e “Guia Poético em Verso e Rima de como se transformar numa Heroína”, celebrando mulheres da história mundial.
No sábado, a programação para o público infantojuvenil tem, às 9h10, a contação de histórias de Rosa Griô e Sá Binidita e, às 09h50, o e cordelista poeta Antônio Barreto. Sá Binidita é uma boneca esculpida em espuma e representa as anciãs, a preta velha , as mães de santo. É contadora de histórias, benzedeira, sambadeira e parteira. Ela vem durante alguns anos com sua parceira Rosa Griô, contando histórias nas feiras literárias. A boneca Binidita surgiu a partir da criação do artista André Mello. A Sá Binidita em seu formato de boneca leva para o teatro os saberes e fazeres da ancestralidade. Uma forma de reacender a centelha das memórias guardadas e esquecidas de muitas infâncias.
A II Flican é uma realização da Dona Edite Comunicação Integrada, com curadoria do professor e pesquisador Luiz Paulo Neiva. O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Pedro Calmon (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.
Entre as atrações estão a Orquestra Sisaleira, a Banda de Pífanos de Canudos, Targino Gondim, Bião de Canudos, Fábio Paes, Roze e Gereba
Com instrumentos pouco convencionais feitos com a madeira do sisal, matéria prima abundante em sua região, a Orquestra Sisaleira de Conceição do Coité estará na noite de abertura da II Feira Literária de Canudos (Flican), que acontece de 8 a 10 de abril de forma virtual, reunindo autores, pesquisadores e artistas de diferentes expressões. Ao longo desses três dias, a Flican terá entre outras atrações Targino Gondim, Renan Mendes, Bião de Canudos e a Banda de Pífanos de Canudos. O show de encerramento Viva Canudos! Viva Conselheiro!, na noite do sábado (dia 10/04), contará com as performances de Fábio Paes, Roze e Gereba.
Formada por adolescentes e jovens, a Orquestra Sisaleira tem na sua formação instrumentos como violão, contrabaixo, cavaquinho, violino, todos construídos com a madeira de sisal. “O som da orquestra já se difere pelo timbre dos instrumentos. E, no repertório, colocamos em evidência o som da música brasileira e, especialmente, nordestina”, explica o cofundador e maestro do grupo, Josevaldo Nim. Ele revela que, para a Flican vão interpretar composição como Brasileirinho (Waldir Azevedo), Pagode Russo (Luiz Gonzaga), Lamento Sertanejo (Dominguinhos e Gilberto Gil) e Feira de Mangaio (Glorinha Gadelha e Sivuca), entre outros clássicos.
Um dos três artistas que farão o show de encerramento, o cantor e compositor Fábio Paes, apesar de ter nascido na cidade de Serrinha, tem uma relação muito próxima com Canudos. Com um mestrado em História na PUC de São Paulo sobre o tema Música e Poesia Popular em Canudos, Fábio fará um show focado na positividade e na resistência da terra e do seu povo. “Vamos lembrar que, no século XIX, as pessoas pensavam também em Canudos como ‘a boa nova. Isso foi citado pelo próprio Machado de Assis”, diz o artista.
A II Flican é uma realização da Dona Edite Comunicação Integrada, com curadoria do professor e pesquisador Luiz Paulo NeivaA II Flican tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Pedro Calmon (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.
Toda a programação da feira poderá ser conferida, gratuitamente, pelo público no canal Youtube do Campus Avançado da Uneb em Canudos (www.youtube.com/channel/UCqhzm86LpAdRG0jqMBJ0nEQ) e pela Canudos TV.
Confira a seguir a programação completa da II Flican:
Programação Flican – 08 a 10 de abril de 2021
08/04 – QUINTA-FEIRA – Tarde
14h – Desfile Literário
14h30 – Interpoéticas com Vitória Luísa – Sertão Sol e Paloma Aleoncio
14h40 – Mesa 1: Assombros e Encantados no imaginário sertanejo Ester Figueiredo, UESB (Mediadora) Franklin Carvalho Márcio Benjamin
15h30 – Um Doutorado para Canudos Dr. Osmar Moreira – Coordenador do Programa de Pós-graduação Pós-Crítica/UNEB
16h – Selo FLICAN – Premiação: Concurso literário – A produção intelectual dos estudantes de Canudos com Lançamento do projeto do livro: A resistência na palavra Roberto Gama (Secretário Municipal de Educação de Canudos) – Mediador
17h30 – Encerramento da tarde
08/04 – QUINTA-FEIRA – Noite
19h – Concerto de Abertura com Orquestra Sisaleira (BA)
19h30 – Ode aos homenageados da Flican: José Calasans, Edivaldo Boaventura, Evandro Teixeira e Tripolli Gaudenzi 19h50 – Abertura Oficial: Arani Santana – Secretária de Cultura da Bahia Jerônimo Rodrigues – Secretário de Educação da Bahia Zulu Araújo – Presidente da Fundação Pedro Calmon José Bites de Carvalho – Reitor da UNEB Jilson Cardoso – Prefeito de Canudos Roberto Gama – Secretário Municipal de Canudos Vanderlei Leite – Presidente do IPMC Luiz Paulo Neiva – Curadoria da FLICAN
20h25 – Poesia de Antônio Barreto em homenagem a José Calasans
20h30 – Conferência Inaugural: José Calasans, o demiurgo de Canudos Walnice Galvão (USP)
21h30 – Show Bião de Canudos
09/04 – SEXTA-FEIRA – Manhã
09h – Abertura
09h – A voz de Kaila Marcele (Canudos)
09h15 – Dona Durú (Canudos) – depoimento memorial
Flicanzinha
09h10 – Lançamento de livro infantojuvenil: Ser diferente é legal – Histórias sobre respeito e tolerância Profa. Léa Costa Santana Dias 09h30 – Cordel Cantado: Mariane Bigio (PE)
10h – Visitando o Memorial Antônio Conselheiro
10h10 – Mesa 2: Aprendizagem e resistência em tempo de pandemia – Superação e criatividade pedagógica nas escolas de Canudos Josileide Varjão Valença – Professora da Rede Municipal de Ensino
11h30 – Interpoéticas com Mariana Guimarães
11h40 – Encerramento da manhã
09/04 – SEXTA-FEIRA – Tarde
14h – Banda de Pífanos de Canudos – resistência e encantamento cultural
14h10 – Eldon Canário (BA) – depoimento memorial
14h15 – Mesa 3: Evocação de Canudos Luiz Paulo Neiva, UNEB (Mediador) Manoel Neto, CEEC/UNEB Pedro Lima Vasconcelos (UFAL) Floriza Sena (IPMC) João Batista (Historiador) João Ferreira (Professor do CELC, Canudos)
15h30 – Cenário da guerra – Visitando o Parque Estadual de Canudos
15h50 – A força jovem da música em Canudos – Robertinho Kambalacho
16h – Interpoéticas com Ádila Madança;
16h10 – Mesa 4: Literatura, espaço, tempo e pandemia Xico Sá (CE) Marcelino Freire (PE) Antônio Marinho (PE) 17h20 – Zé Poeta (Monte Santo)
17h30 – Encerramento da tarde
09/04 – SEXTA-FEIRA – Noite
19h – Abertura Cultural: a poesia de Zé Américo (Canudos)
19h10 – Museu João de Régis – Com a palavra o Curador Edmilson Santana
19h20 – Museu João de Régis: Olhares e vertigens na memória Flávio de Barros (por Sérgio Guerra), Evandro Teixeira Antônio Olavo
19h50 – Interpoéticas com Yasmin Rabelo e Pók Ribeiro – Coletivo Vozes – mulheres: além da margens.
21h30 – Show de Encerramento com Targino Gondim e Renan Mendes
10/04 – SÁBADO – Manhã
09h – A voz de Isael – Sertaofrancisco (Paulo Afonso)
09h10 – Joselina Guerra (Canudos) – depoimento memorial
Flicanzinha
09h15 – Rosa Griô e Sá Benidita (Contadoras de história)
09h50 – Antonio Barreto (BA)
10h20 – Mesa 6: Vozes guardadas: literatura de mulheres Ilza Carla, poeta e escritora UNEB (Mediadora) Erica Azevêdo, poeta Clarissa Macêdo, poeta Áquila Emanuelle, poeta
11h20 – Mesa 7: Entre arpejos e acordes: Uma leitura de O Capitão Jagunço Profa. M. Neuma M. Paes, UNEB Profa. Edil Silva Costa, UNEB
12h – Encerramento da manhã
10/04 – SÁBADO – Tarde
14h – Para abrir a tarde: Banda de Pífanos de Canudos e Kaila Marcele (Canudos)
14h20 – Monólogo:Marcos Freitas (Cia de Teatro de Canudos)
14h40 – A vanguarda de editoras, livrarias e bibliotecas Sandra Soares (Eduneb) Geraldo Prado (Biblioteca de Paiaiá) Flávia Goulart Roza (Edufba) Cássio Marcílio (Edições Uesb) Murillo Campos ( Editora UEFS) Primo Maldonado (LDM)
15h40 – Visitando o Museu Manoel Travessa
15h50 – Visitando o Instituto Popular Memorial de Canudos
19h – Museu João de Régis – Olhares e vertigens na memória Trípolli Gaudenzi José Aras (Por Lina Aras)
19h20 – Mesa 8: Cancioneiro popular e poético de Canudos Braúlio Tavares (poeta, PB) Franklim Martins (Jornalista, RJ) Josemar Martins Pinzoh (UNEB) – Mediador
20h30 – Mesa 9 :“O Trabalho Criador de 100 Pessoas no Teat(r)o Oficina UzinaUzona de Os Sertões de Euclides da Cunha in Canudos” José Celso Martinez (Teatro Oficina, SP) Paulo Dourado – Mediador (BA)
21h30 – Show de encerramento: Viva Canudos! Viva Antônio Conselheiro! Fábio Paes (BA), Roze (BA) e Gereba (BA).
Toda a programação da feira poderá ser conferida, gratuitamente, pelo público no Canal Youtube do Campus Avançado da Uneb em Canudos e pela Canudos TV.
Um dos temas mais estudados no Brasil na atualidade, a Guerra de Canudos não poderia ficar fora da pauta do principal evento literário do sertão baiano. Durante a II Feira Literária de Canudos (Flican), que acontece de 8 a 10 de abril, autores, artistas e pesquisadores vão se debruçar sobre os aspectos históricos, míticos e o impacto desse símbolo de luta e resistência, no contexto contemporâneo do país. Entre os participantes das mesas estão importantes especialistas no assunto, como o coordenador do Centro de Estudos Euclydes da Cunha da Uneb Manoel Neto, o cineasta Antônio Olavo, o fotógrafo Evandro Teixeira e o escritor Eldon Canário.
Uma das mesas dedicadas ao tema acontece no dia 09/04 (sexta-feira), às 14h15, com o título de Evocação de Canudos. Mediada pelo curador da Flican, professor Luiz Paulo Neiva, a mesa contará com a participação de Manoel Neto, Pedro Lima Vasconcelos (Universidade Federal de Alagoas), Floriza Sena (Instituto Popular Memorial de Canudos), do historiador João Batista e do professor João Ferreira.
“Evocação de Canudos, do presente ao passado ou do passado ao presente, pode significar a presentificação dos fenômenos que deram forma a Canudos, desde as imagens dos rincões desertos do sertão, da sua formação societária, econômica, histórica, política, religiosa, linguística até a formação da fazenda canudos, do arraial de Canudos e de suas gentes chegadas com o Conselheiro, das forças desiguais e antagônicos, dos palcos e horrores da guerra fratricida, das águas do rio Vaza Barris represadas no Cocorobó, sepultando os restos da Delenda Canudos, a Jerusalém de Taipa”, diz Luiz Paulo Neiva, que também é diretor do Campus Avançado da Uneb em Canudos,
“Para quem ‘vive’ Canudos há mais de 35 anos, as evocações são várias, diversas. São evocações sobre o espaço físico, o cenário onde está cidade está colocada, no semiárido. E sobre pessoas com as quais convivi e aprendi a desvendar a alma do sertão, os bichos, os costumes, o modo de ver o mundo e a vida. A minha participação na mesa será uma forma de falar sobre esse mundo e como tenho vivido nela”, diz Manoel Neto que é autor de artigos, ensaios e da Cartilha Histórica de Canudos, entre outras obras.
Também na sexta-feira, às 19h20, acontece a mesa Museu João de Régis: Olhares e vertigens na memória. O debate contará com a participação de Antônio Olavo, Evandro Teixeira, autor do livro Canudos 100 anos (1997) e um dos homenageados desta edição da feira, além do historiador Sérgio Guerra, convidado a falar sobre o acervo fotográfico de Flávio de Barros, que foi um dos poucos a registrar imagens da Guerra de Canudos e autor da única foto conhecida de Antônio Conselheiro.
“Minha história com Canudos começou há 38 anos, quando fui fazer um trabalho como fotógrafo em Monte Santo e ouvia as pessoas falarem das histórias de seus antepassados. A partir daí, comecei a me interessar e pesquisar sobre o assunto, que é hoje um dos mais estudados nas universidades brasileiras”, conta Olavo. Ele destacou ainda a importância da segunda edição da Flican, consolidando um espaço para discussão de temas que são universais.
Depoimentos e passeios virtuais No sábado, às 19h, o tema Olhares e vertigens na memória coloca em destaque o trabalho do artista plástico Trípolli Gaudenzi, convidado que também é um dos homenageados desta edição pelas suas obras sobre Canudos, e do poeta e pesquisador José Aras, já falecido (1893-1979). Ele será evocado por Lina Aras, uma de suas descendentes.
Outro ponto forte serão os depoimentos memoriais que serão apresentados, ao longo da Flican, resgatando a história de luta e resistência dos antigos habitantes do lugar. Dona Duru e Joselina Guerra falarão sobre os relatos que ouviram de seus antepassados, nas manhãs de sexta (09/04) e sábado (10/04), respectivamente. A programação dos depoimentos memoriais também terá a participação de Eldon Canário, que se apresenta na tarde de sexta, e que falará sobre o cotidiano da sua vida na segunda Canudos. O público poderá acompanhar ainda um passeio virtual por locais guardadores da memória histórica, tais como, Memorial Antônio Conselheiro, o Parque Estadual de Canudos, Museu Manoel Travessa, Instituto Popular Memorial de Canudos e o Museu João de Régis, que foi implantado recentemente, sob a curadoria do artista plástico e cenógrafo Edmilson Santana.
A II Flican é uma realização da Dona Edite Comunicação Integrada. O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Pedro Calmon (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal. Toda a programação da feira poderá ser conferida, gratuitamente, pelo público no Canal Youtube do Campus Avançado da Uneb em Canudos e pela Canudos TV.
Walnice Galvão, Xico Sá, Bráulio Tavares, Manoel Neto, Marcelino Freire, Antônio Olavo e José Celso Martinez estão entre os convidados já confirmados para o evento
A segunda edição da Feira Literária de Canudos (Flican) será realizada de 8 a 10 de abril, de forma virtual, reunindo escritores, pesquisadores, contadores de histórias, músicos e artistas para discutir temas diversos, permeados pelo universo do sertão real e mítico de Antônio Conselheiro. Com atividades que contemplam públicos de todas as idades, a Flican tem ainda, entre outros convidados, os jornalistas Xico Sá e Franklin Martins, os escritores Aleilton Fonseca, Franklin Carvalho e Marcelino Freire, o poeta Bráulio Tavares e os diretores teatrais Paulo Dourado e José Celso Martinez, criador do lendário Teatro Oficina. Entre as atrações musicais estão Targino Gondim, Gereba, Fábio Paes, Roze, a Orquestra Sisaleira de Conceição de Coité e Bião de Canudos.
Durante a II Flican, que é uma realização da Dona Edite Comunicação Integrada, acontecerão palestras, debates, vídeos documentários, exposições e performances artísticas. O modo virtual será potencializado com as redes sociais e recursos tecnológicos avançados, instalações qualificadas e expertises acadêmicas para recolocar na pauta da literatura e da história o simbolismo universal da Guerra de Canudos.
A Flican contará com infraestrutura e apoios da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Prefeitura de Canudos e órgãos públicos relacionados e o Instituto Popular Memorial de Canudos (IPMC). Nesta edição, a Flican foi viabilizada por meio do Edital Aldir Blanc, via Fundação Pedro Calmon (FPC), vinculada à Secretaria de Cultura do Estado (Secult).
De acordo com o curador da feira, Luiz Paulo Neiva, a II Flican envolverá as cidades em seu entorno e, neste formato virtual, espera um alcance nacional dada a importância e a simbologia de Canudos para o país. Se configurará como um conjunto de atividades relacionadas ao conhecimento, à formação, ao apoio ao ensino básico, à produção e à difusão do livro e da literatura brasileira, baiana e regional, tendo como eixo mater de sua temática o sertão, Antônio Conselheiro e Canudos, visando à informação qualificada, ao desenvolvimento do intelecto e ao prazer da escrita e da leitura.
Nas manhãs da sexta e do sábado (9 e 10/04), a Flicanzinha vai oferecer uma programação especial para o público infantojuvenil. As atividades envolvem contação de histórias, apresentação de cordel e de poesia, visita virtual ao Memorial Antonio Conselheiro e um relato primoroso, à cargo da Profa. Jocilene Valença Varjão, sobre a Aprendizagem e resistência em tempo de pandemia nas escolas do município, e outra sobre a mulher na vivência poética.
Abertura
Mantendo o tema central da primeira edição, O Sertão vai virar arte, a II Flican será iniciada às 14h do dia 8 (quinta-feira), com um Desfile Literário, seguido da performance Interpoéticas, com Vitória Luísa, Sertão Sol e Paloma Aleôncio. A primeira mesa tem início às 14h40, abordando o tema Assombros e Encantados no Imaginário Sertanejo. A mesa contará com a professora da Universidade do Sudoeste da Bahia (Uesb) Ester Figueiredo e os escritores Franklin Carvalho e Márcio Benjamin.
Ponto de alta relevância, às 16h acontece o lançamento do Selo Flican e a premiação do concurso literário voltado para a produção intelectual dos estudantes de Canudos, com a mediação do secretário municipal de Educação, Roberto Gama, quando serão premiados os melhores colocados. Os textos serão também publicados em livro, cujo projeto gráfico será lançado nessa oportunidade.
A abertura oficial terá início às 19h, com um concerto da celebrada Orquestra Sizaleira. A solenidade contará com a participação dos secretários estaduais da Cultura, Arany Santana, e da Educação, Jerônimo Rodrigues, além do presidente da Fundação Pedro Calmon, Zulu Araújo, do reitor da Uneb, José Bites de Carvalho e do prefeito municipal Jilson Cardoso, entre outros.
A conferência inaugural José Calasans, o demiurgo de Canudos será proferida pela professora emérita de teoria literária e literatura comparada da USP, Walnice Galvão, com mais de 42 livros publicados, uma das maiores estudiosas da obra de Euclides da Cunha e da história da luta de maior resistência do sertão brasileiro.
Homenageados
Esta edição homenageará a quatro personalidades pelas suas valiosas contribuições à preservação da memória e da história de Canudos: o professor José Calasans Brandão da Silva (1915-2015), o educador e jornalista Edivaldo Machado Boaventura (1933-2018), o artista plástico Trípoli Francisco Gaudenzi e o laureado fotógrafo Evandro Teixeira. José Calasans é considerado um dos maiores conhecedores da guerra de Canudos, entrevistou sobreviventes e descendentes do conflito e é autor de várias publicações, entre elas Cartografia de Canudos. Já Edivaldo Boaventura se destacou por incentivar e promover importantes iniciativas e conhecimentos relacionados à temática conselheirista-canudense, criando, quando secretário da educação do Estado, em 1986, o Parque Estadual de Canudos, tendo também publicado livro com o mesmo nome.
Trípoli Gaudenzi, artista plástico com sensibilidade invulgar, é autor da exposição Canudos Rediviva, que percorreu algumas capitais brasileiras e ultrapassou a fronteira do país para expor em Cuba, França e Alemanha, e publicou o livro Memorial de Canudos; parte da exposição estará exposta na II Flican, no recém-inaugurado Museu João de Régis.
Baiano de Irajuba, Evandro Teixeira iniciou em 1958 sua carreira no jornal O Diário de Notícias. Posteriormente, já no Rio de Janeiro, trabalhou no Diário da Noite, do grupo Diários Associados. Em 1963, ingressou no Jornal do Brasil. Em seu vasto currículo constam a cobertura de jogos olímpicos e copas do mundo. É autor dos livros Fotojornalismo(1983), Canudos 100 anos(1997) e 68 Destinos: Passeata dos 100 mil(2008). Suas fotografias enriquecem os acervos de museus do Brasil e do exterior, fazendo parte da mostra dos 40 mais importantes fotógrafos do mundo, ao lado de Henri Cartier Bresson, Marc Ribaud e Robert Capa, na Galeria da Leica, em Nova York. Ele e Sebastião Salgado foram os únicos brasileiros participantes
*Confira a seguir a programação completa da Flican II:*
Programação Flican – 08 a 10 de abril de 2021
08/04 – QUINTA-FEIRA – Tarde
14h – Desfile Literário
14h30 – Interpoéticas com Vitória Luísa – Sertão Sol e Paloma Aleoncio
14h40 – Mesa 1: Assombros e Encantados no imaginário sertanejo
Rosana Ribeiro Patrício (UEFS)
Franklin Carvalho
Márcio Benjamin
15h30 – Um Doutorado para Canudos
Dr. Osmar Moreira – Coordenador do Programa de Pós-graduação
Pós-Crítica/UNEB
16h – Selo FLICAN – Premiação: Concurso literário – A produção intelectual dos estudantes de
Canudos com Lançamento do projeto do livro: A resistência na palavra
Roberto Gama (Secretário Municipal de Educação de Canudos) – Mediador
17h30 – Encerramento da tarde
08/04 – QUINTA-FEIRA – Noite
19h – Concerto de Abertura com Orquestra Sisaleira (BA)
19h30 – Ode aos homenageados da Flican: José Calasans, Edivaldo Boaventura, Evandro
Teixeira e Tripolli Gaudenzi
19h50 – Abertura Oficial:
Arani Santana – Secretária de Cultura da Bahia
Jerônimo Rodrigues – Secretário de Educação da Bahia
Zulu Araújo – Presidente da Fundação Pedro Calmon
José Bites de Carvalho – Reitor da UNEB
Jilson Cardoso – Prefeito de Canudos
Roberto Gama – Secretário Municipal de Canudos
Vanderlei Leite – Presidente do IPMC
Luiz Paulo Neiva – Curadoria da FLICAN
20h25 – Poesia de Antônio Barreto em homenagem a José Calasans
20h30 – Conferência Inaugural: José Calasans, o demiurgo de Canudos
Walnice Galvão (USP)
21h30 – Show Bião de Canudos
09/04 – SEXTA-FEIRA – Manhã
09h – Abertura
09h – A voz de Kaila Marcele (Canudos)
09h15 – Dona Durú (Canudos) – depoimento memorial
Flicanzinha
09h10 – Lançamento de livro infantojuvenil: Ser diferente é legal – Histórias sobre respeito e
tolerância
Profa. Léa Costa Santana Dias
09h30 – Cordel Cantado: Mariane Bigio (PE)
10h – Visitando o Memorial Antônio Conselheiro
10h10 – Mesa 2: Aprendizagem e resistência em tempo de pandemia –
Superação e criatividade pedagógica nas escolas de Canudos
Josileide Varjão Valença – Professora da Rede Municipal de Ensino
11h30 – Interpoéticas com Mariana Guimarães
11h40 – Encerramento da manhã
09/04 – SEXTA-FEIRA – Tarde
14h – Banda de Pífanos de Canudos – resistência e encantamento cultural
14h10 – Eldon Canário (BA) – depoimento memorial
14h15 – Mesa 3: Evocação de Canudos
Luiz Paulo Neiva, UNEB (Mediador)
Manoel Neto, CEEC/UNEB
Pedro Lima Vasconcelos (UFAL)
Floriza Sena (IPMC)
João Batista (Historiador)
João Ferreira (Professor do CELC, Canudos)
15h30 – Cenário da guerra – Visitando o Parque Estadual de Canudos
15h50 – A força jovem da música em Canudos – Robertinho Kambalacho
16h – Interpoéticas com Ádila Madança;
16h10 – Mesa 4: Literatura, espaço, tempo e pandemia
Xico Sá (CE)
Marcelino Freire (PE)
Antônio Marinho (PE)
17h20 – Zé Poeta (Monte Santo)
17h30 – Encerramento da tarde
09/04 – SEXTA-FEIRA – Noite
19h – Abertura Cultural: a poesia de Zé Américo (Canudos)
19h10 – Museu João de Régis – Com a palavra o Curador Edmilson Santana
19h20 – Museu João de Régis: Olhares e vertigens na memória
Flávio de Barros (por Sérgio Guerra),
Evandro Teixeira
Antônio Olavo
19h50 – Interpoéticas com Yasmin Rabelo e Pók Ribeiro – Coletivo Vozes – mulheres: além da
margens.
20h – Mesa 5: – Literatura, poesia e virtualidade
Cida Pedrosa (PE)
Emmanuel Mirdad (BA)
Maviael Melo (Mediador) (PE)
21h30 – Show de Encerramento com Targino Gondim e Renan Mendes
10/04 – SÁBADO – Manhã
09h – A voz de Isael – Sertaofrancisco (Paulo Afonso)
09h10 – Joselina Guerra (Canudos) – depoimento memorial
Flicanzinha
09h15 – Rosa Griô e Sá Benidita (Contadoras de história)
09h50 – Antonio Barreto (BA)
10h20 – Mesa 6: Vozes guardadas: literatura de mulheres
Ilza Carla, poeta e escritora UNEB (Mediadora)
Erica Azevêdo, poeta
Clarissa Macêdo, poeta
Áquila Emanuelle, poeta
11h20 – Mesa 7: Entre arpejos e acordes: Uma leitura de O Capitão Jagunço
Ester Figueiredo, UESB (Mediadora)
Profa. M. Neuma M. Paes, UNEB
Profa. Edil Silva Costa, UNEB
12h – Encerramento da manhã
10/04 – SÁBADO – Tarde
14h – Para abrir a tarde: Banda de Pífanos de Canudos e Kaila Marcele (Canudos)
14h20 – Monólogo:Marcos Freitas (Cia de Teatro de Canudos)
14h40 – A vanguarda de editoras, livrarias e bibliotecas
Sandra Soares (Eduneb)
Geraldo Prado (Biblioteca de Paiaiá)
Flávia Goulart Roza (Edufba)
Cássio Marcílio (Edições Uesb)
Murillo Campos ( Editora UEFS)
Primo Maldonado (LDM)
15h40 – Visitando o Museu Manoel Travessa
15h50 – Visitando o Instituto Popular Memorial de Canudos
16h10 – Mesa 6: Lançamento de Livros
Aleilton Fonseca (mediação)
Franklin Carvalho
Ádila Mandança
Sergio Siqueira
Pedro Vasconcelos
Ester Figueiredo
Sílvio Jessé
Geraldo Prado
10/04 – SÁBADO – Noite
19h – Museu João de Régis – Olhares e vertigens na memória
Trípolli Gaudenzi
José Aras (Por Lina Aras)
19h20 – Mesa 8: Cancioneiro popular e poético de Canudos
Braúlio Tavares (poeta, PB)
Franklim Martins (Jornalista, RJ)
Josemar Martins Pinzoh (UNEB) – Mediador
20h30 – Mesa 9 :“O Trabalho Criador de 100 Pessoas no Teat(r)o Oficina UzinaUzona de Os
Sertões de Euclides da Cunha in Canudos”
José Celso Martinez (Teatro Oficina, SP)
Paulo Dourado – Mediador (BA)
21h30 – Show de encerramento: Viva Canudos! Viva Antônio Conselheiro!
A feira Literária de canudos se constitui no valioso momento de celebração do livro da leitura, da arte e da cultura. Agrega-se a isso em a oportunidade de contribuir para o fortalecimento da educação, sobretudo o ensino básico de Canudos e seu entorno.
A primeira FLICAN, realizada no período de 12 a 14 de novembro de 2019 com o tema ‘‘O sertão vai virar arte’’ homenageou duas personalidades marcantes da história da guerra de Canudos: Antônio Conselheiro e Euclides da Cunha. Foi desenvolvida uma rica programação para cumprir com os objetivos desejados.